Mercado hoteleiro oferece boas oportunidades
Os empreendimentos mistos, os chamados “mixed use”, que
podem unir, por exemplo, prédios comerciais e hotéis vêm se tornando uma
tendência cada vez mais segura para se investir. A demanda por este tipo de
empreendimento vem crescendo e impulsionando o lançamento de novidades
interessantes, sobretudo no mercado de hotelaria.
Grandes eventos esportivos internacionais, como a Copa das
Confederações (agora em 2013), Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016), e o
crescimento da economia brasileira são ingredientes que, nos últimos anos,
estão despertando a atenção de construtoras, empresários do setor e
investidores.
De acordo com especialistas do setor, a realização da Copa
do Mundo e das Olimpíadas não serivá somente para atrair turistas e hóspedes
durante o período dos eventos. Mais importante do que isso, na verdade, será a
ampla cobertura jornalística internacional que será realizada, divulgando o
País em todo o mundo – e isso poderá, de forma permanente, elevar o Brasil a um
novo patamar, aumentando o interesse do público de outros países pelo País,
seja para turismo ou mesmo para fazer negócios.
Por esta razão, investidores nacionais e internacionais
estão prestando atenção ao avanço do
mercado brasileiro como o principal alvo na América Latina. O destacado
desempenho e os altos lucros estão fazendo dos hotéis brasileiros uma atraente
opção de investimento que oferece sólidos retornos.
Um modelo de negócio que vem fazendo sucesso neste setor é o
chamado cond-hotel, com custos arcados por investidores pulveridados – quando
cada quarto ou cada pavimento de um empreendimento é de propriedade de um
investidor diferente. Para o consumidor comum, é uma excelente oportunidade
para fazer um ótimo negócio.
Esta tendência vale para a capital paulista e também para as
cidades que ficam no seu entorno. No caso de Osasco, por exemplo, segundo dados
do setor, a hotelaria local oferece grandes oportunidades de crescimento, seja
para atender o fluxo local de visitantes, como também para absorver turistas e
executivos estrangeiros que vão a São Paulo. Para o investidor do setor, na prática, este quadro indica baixo
risco para o seu negócio.
A capital de São Paulo tem hoje 42 mil quartos e cera de 400
hotéis de vários portes. Segundo o vice-presidente de Assuntos Turísticos e
Imobiliários do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Caio Calfat, o mercado
hoteleiro da capital está em expansão. E isso também vai contribuir para o
aquecimento no setor nas grandes cidades vizinhas, como Osasco, que apresenta o
quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
Para se ter ideia, a cidade de São Paulo promove cerca de 90
mil eventos por ano. Isso representa que, a cada 6 minutos, começa um novo
evento. São Paulo ocupa o 7º. Lugar entre as cidades que mais promovem eventos
internacionais no mundo e deve assumir a 6ª. Posição em breve.
Outro dado interessante e muito positivo para quem planeja
investir na área: o site de viagens TripAdvisor divulgou alguns resultados do
Índice do Setor Hoteleiro em 2012. Com a participação de mais de 25 mil
proprietários e administradores de hotéis de diferentes países, a pesquisa
revelou alguns fatos surpreendentes sobre perspectivas e lucratividade dos
empreendimentos. O Brasil está em
segundo lugar no ranking de hotéis com a melhor perpectiva de negócios, à
frente de Rússia (terceiro colocado) e Estados Unidos (quarto), perdendo apenas
para Indoésia.
Para muitos analistas, há também uma tendência de ocorrer
uma descentralização dos investimentos, criando boas oportunidades fora das
capitais. Há, portnt, muito espaço para crescimento do setor hoteleiro também
nas cidades que formam a Grande São Paulo, como Osasco, que é uma das cidades
essencialmente de comércios, serviços e logísticas e tem carência de
empreendimentos mistos com este perfil (hotel e torre comercial no mesmo
condomínio).
Esta onda de crescimento da hotelaria brasileira já está
consumindo investimentos em torno de R$
40 bilhões até 2020. As principai administradoras de hotéis iniaram uma corrida
para anunciar projetos e atrair a atenção de investidores. Hoje com 144 hotéis no Brasil, por exemplo, o
grupo francês Accor pretende colocar em operação 71 novos empreendimentos até
2013, que vão exigir investimentos de R$ 1,2 bilhão. Quase 80% dos novos hotéis
são voltados para o segmento econômico.